Em todos os 132 casos nos quais foi relatada agressão, houve ofensa verbal com brigas, gritos ou xingamentos, em 50,8% dos casos a criança sofreu algum castigo e em 48% disseram que eram surrados
Estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) sobre violência doméstica contra crianças e adolescentes que fazem xixi na cama mostrou que 89% dos 149 entrevistados, pacientes entre seis e 18 anos do ambulatório de pediatria ou do Núcleo de Estudo da Saúde do Adolescente do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj, sofreram algum tipo de agressão.
Em todos os 132 casos nos quais foi relatada agressão houve ofensa verbal com brigas, gritos ou xingamentos contra eles. Em mais da metade (50,8%) houve punição física sem contato, ou seja, a criança sofreu algum castigo e 48% disseram que apanhavam. O mais preocupante é que essas agressões são recorrentes, acontecendo quase que diariamente em 88,4% dos casos, sendo a mãe a principal agressora (87,9%).
Para os pesquisadores, a alta taxa de agressão sugere que as famílias não reconhecem a enurese noturna (incontinência urinária durante o sono, pelo menos duas vezes por semana, durante três meses seguidos) como uma doença e que a violência é culturalmente aceita como forma de educação. Eles também observaram que quanto mais alto o nível de escolaridade, maior a compreensão da família.
Jornal da Tarde (SP); Jornal do Estado (PR); Jornal do Commercio (PE); O Estado de São Paulo (SP) - 17/10/2009
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