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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Educação, Ambiente e Verdade

Segundo o minidicionário da Língua Portuguesa da Melhoramentos, Educação significa: 1. Desenvolvimento das faculdades físicas, morais e intelectuais do ser humano. Já o verbo Educar: 2. Formar a inteligência e o espírito de. 3. Cultivar a inteligência. No mesmo dicionário; Ambiente: 1. Aquilo que cerca os seres vivos ou as coisas. 2. Lugar, espaço, recinto.

Juntando esses dois, conceitos fica muito fácil de pensar em Educação Ambiental: ensinar as pessoas a pensarem de maneira holística e integrada com seu corpo, intelecto e valores. Mas esses conceitos precisam da prática, e esta é desenvolvida com pessoas. Pessoas que estão sempre em movimento, em questionamentos, em crises, que possuem crenças, valores e culturas que influenciam em suas ações.

Aliado a isso temos influências externas e muitas delas nem tão preocupadas assim com princípios educacionais. E este é o grande desafio das pessoas que se propõem a fazer esse papel, seja como professor, facilitador, orientador ou simplesmente aquele que quer ser um exemplo.

Mas é claro que existe um caminho. Na verdade, vários e um dos que visualizo com mais clareza é a verdade. O olhar real e holístico sobre o desafio, sobre a atividade, o público, sua cultura, seus princípios. Como lidar com cada um desses quesitos? De maneira participativa, ou seja, todos pensam na questão, facilitadores e educandos.

Uma vez assisti a uma apresentação do psicólogo social Oscar Motomura e ele disse -algo que vale para qualquer segmento; mas que na educação, além de ser uma prática colaborativa, traz o conceito de “formar a inteligência e o espírito”. Ele falou sobre colocar o problema na mesa, encará-lo com seriedade, sinceridade e verdade. Sem disfarces, preconceitos ou com “panos quentes” para proteger esta ou aquela metodologia, política ou ideologia. Porque às vezes uma ideologia não encaixa em determinada realidade e isso não quer dizer que ela não seja boa ou que não tenha valores éticos.

A idéia da educação ambiental se estende à esta prática; só assim de maneira flexível e verdadeira poderemos alcançar mentes e corações, valores e princípios, teoria e prática. E isso em qualquer idade, em qualquer lugar, em qualquer situação e sob qualquer viés. Educação para a cidadania, educação para o consumo consciente, educação formal, enfim, educação para a vida, cultivando a inteligência ambiental.

*Luciana Dorta – Relações Públicas, Educadora Ambiental e Diretora da SOMA Agência de Comunicação Sustentável, às vezes se pega em máscaras, mas prefere a verdade. Para saber mais acesse http://www.somaagencia.com.br/

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