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terça-feira, 19 de maio de 2009

Editora dá dicas para escolher a primeira escola das crianças

Editora responsável pelo lançamento da revista COISAS DE CRIANÇA aponta dicas que ajudam a escolher a primeira escola
Responsável pelo conteúdo editorial da COISAS DE CRIANÇA - revista especializada em educação infantil e que fornece material de apoio para educadores e pais, a Publisher Karen Gonçalves, com suporte da Pedagoga Eliana Neves, elenca as principais dicas que auxiliam os pais na tarefa de escolher o melhor lugar para os primeiros passos escolares dos filhos.
“Além de prestar atenção nas instalações e no atendimento que é prestado aos pais, marque uma conversa com a Coordenação Pedagógica e certifique-se dos seguintes pontos”, explica Karen:
METODOLOGIA DE ENSINO – inclua perguntas sobre como os professores ensinam e como são feitas as avaliações das crianças.
MATERIAL DE ENSINO – não esqueça os materiais de apoio e os lúdicos, que incentivam a imaginação e promovem a sociabilidade da criança;
INSTALAÇÕES – veja se as salas são arejadas, se há espaço para brincadeiras e esportes e laboratórios para atividades fora do currículo escolar, que são de extrema importância para o desenvolvimento infantil;
ATIVIDADES EXTRACURRICULARES - pergunte sobre os projetos pedagógicos fora do currículo convencional: horta, culinária, meio ambiente, saúde, nutrição, que levam a criança a compreender melhor o mundo em que vive;
NÚMERO DE ALUNOS EM SALA DE AULA – os extremos não são ideais (nem sala vazia e nem cheia). O maternal pode variar de 6 a 15 alunos, a faixa etária de 4 a 6 anos o ideal é de 15 a 20 alunos, pois a troca de experiências com mais alunos em sala é sempre mais rica.
Outros pontos interessantes para serem analisados são o plano de carreira oferecido aos professores – é sempre bom que haja menos rotatividade e a criança corra menos risco de troca de professores com as aulas iniciadas -; e os cuidados com as crianças no caso de algum acidente ou um resfriado inesperado, por exemplo.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Exercício de McLuhan

Um dos mais importantes teóricos da comunicação, Marshall McLuhan, já afirmava na década de 1960 que uma forma de organização baseada nas mídias eletrônicas levaria informação ao mundo quase simultaneamente. Chamou a isso de “Aldeia Global”. Poder-se-ia dizer que ele tornou-se um visionário da internet décadas depois.
O mundo unificado pelos meios de comunicação de massa, preconizado por McLuhan, tem agora o seu maior expoente na difusão da informação, uma vez que a internet assumiu um papel central de divulgação, que tem grande influência na sociedade. Nunca antes, pelo menos até o advento da rede mundial, a repercussão do noticiário econômico de um país teve tamanha especulação e alterações de humor extremas - do desespero à esperança -, gerando efeitos simultâneos em várias outras nações e influenciando a vida de milhares de pessoas. Este fato nos mostra claramente, em todas as nuanças, o que a teoria da “Aldeia Global” de McLuhan realmente significa. Esta massa de informações vem de todos os lados e organizá-la não é tarefa simples. Para tentar entender como tudo começou, vamos procurar alguns dos pontos iniciais deste emaranhado.
A recessão nos Estados Unidos, fruto da turbulência no sistema financeiro, começou no final de 2007, segundo os analistas econômicos americanos. Em 2008, esta se acentuou, atingindo seu ápice em setembro do mesmo ano, ganhando proporções globais. Foi a partir desse período que os EUA passaram a adotar medidas para evitar o colapso econômico.
O Brasil, na esteira do problema, também saiu em busca de ações de alívio à situação negativa. Em dezembro do ano passado, alguns criticaram as práticas adotadas pelo Governo Federal, considerando-as setoriais e pontuais, pois desejavam decisões macroeconômicas. Passado um tempo, deixaram de criticar o método, talvez porque os Estados Unidos fizeram o mesmo. Aliás, os americanos foram ainda mais agudos. Socorreram diretamente as empresas.
O fato é que não há turbulência econômica que se resolva sem o ataque direto às questões que estão em foco. Se as soluções de longo prazo não surtiram os efeitos com a rapidez desejada, partiu-se, então, para caminhos que apagassem os incêndios. No caso do Brasil, isso foi ainda mais acentuado, até porque o problema veio de fora, de maneira repentina. Agora, tenta-se achar a dimensão da turbulência e sua duração.
Alguns países adotaram ações protecionistas. Trata-se de um redesenho do comércio mundial, com forte viés político – agradar os cidadãos próximos com práticas ao alcance do estado é um método muito mais antigo do que a própria economia de mercado.
Avaliando-se os indicadores econômicos brasileiros disponíveis nesse início de ano, é ainda precipitado apontar o rumo que a economia tomará. O certo é que não seremos tão atingidos quanto os países desenvolvidos, um resultado de uma antiga política econômica que justamente contrapunha aquilo que levou os Estados Unidos à beira do colapso: sempre se impediu o aquecimento do consumo desmesurado e as linhas de crédito de bens de consumo, que só começaram a se ampliar nos últimos dois anos. Assim, ironicamente, essa política nos foi favorável neste momento.
Aqui no Brasil, a influência da turbulência é ainda obscura. Desde o ano passado, os preços das commodities têm caído gradativamente. Já a produção industrial também experimentou queda. No entanto, a inflação continua irredutível. Isso sinaliza que a manobra da política monetária é insuficiente.
A realidade é que as exportações têm sofrido mais com a retração econômica, abandonando o crescimento contínuo que vivenciava nos últimos tempos. No comércio exterior, obviamente, o desemprego se fez sentir de forma evidente.
O mercado interno, que nos últimos anos ganhou um expressivo contingente de novos consumidores, deverá evitar que o PIB (Produto Interno Bruto) fique negativo neste ano. Pelo menos é o que se percebe nesses primeiros meses de 2009. Verifica-se a necessidade, porém, de redução dos juros, paulatinamente. É preciso também estar atento à questão do gasto público.
No entanto, outras explicações macroeconômicas exigiriam um olhar mais atento nas informações disponíveis na rede mundial. Recorreríamos novamente a “Aldeia Global”? Sim, isso é importante.
No entanto, devemos olhar para as nossas atitudes, acreditar na nossa capacidade, valorizar a razão, construirmos cenários futuros positivos, buscar a criatividade, objetividade, foco e obstinação. A “Aldeia Global” é uma das mais brilhantes teorias de nosso tempo e o acesso facilitado às informações em tempo real é fundamental para a sociedade de hoje. No entanto, não podemos ser afetados tão facilmente por estes extratos. Ao contrário, devemos viver com otimismo, empregando nossos conhecimentos e experiência, que estão em nossa origem primária. É isto que nos dá a base do crescimento.

Antoninho Marmo Trevisan é empresário e educador, presidente da Trevisan Consultoria e Gestão, da Trevisan Escola de Negócios e do Conselho Consultivo da BDO Trevisan, e Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Professores da PUC dão dicas para uma memória show

Você anda esquecendo coisas importantes? Cuidado! Seu “hard disk” pode estar cheio

Você passou a noite estudando e quando chega na hora da prova dá aquele branco. E, por mais que se esforce, que tente puxar pela memória, nada vem à cabeça. Quem nunca se viu em uma situação parecida? E nem precisa ser algo complexo como as matérias da faculdade. Quantas vezes a gente não esquece onde deixou as chaves do carro ou de casa, aniversários de pessoas importantes ou mesmo os compromissos agendados? Não importa o quê, a gente está sempre esquecendo alguma coisa. E isso não tem nada a ver com a idade.

A todo instante nós somos bombardeados por uma infinidade de informações. Visuais, gustativas, auditivas, táteis ou sensitivas, essas informações são processadas em várias partes do nosso cérebro e se transformam em memórias. O psiquiatra e professor da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas Gabriel Roberto Figueiredo explicou que memória é a capacidade do ser humano de reter informações. Ela divide-se em três momentos: a memória imediata, que é o registro do que aconteceu nos últimos minutos; memória recente, que é o registro dos fatos das últimas 24 horas; e a memória remota ou de longa duração, que é o arquivo de tudo o que nos acontece ao longo da vida.

Mas como explicar o porquê de algumas informações não ficarem gravadas no cérebro? Segundo os especialistas, essa sobrecarga de informações tem relação direta com os nossos lapsos de memória. “Esse nervosismo da sociedade contemporânea nos leva, frequentemente, ao prejuízo de todas as funções cognitivas. Então, é possível que as pessoas, passando por estressores psicossociais intensos, venham ter prejuízo da memória”, afirmou Figueiredo.

Estudos sugerem que é preciso esquecer algumas coisas para que exista mais espaço no cérebro para as coisas importantes. Na opinião de Mauro Oliveira, neurologista e professor da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas, precisamos aprender a priorizar as informações mais relevantes, de modo que o próprio cérebro consiga diferenciar um dado importante de outros que não trariam problemas se forem esquecidos. “Caso contrário, vai chegar uma hora em que o seu ‘hard disk’ vai ficar cheio e ele vai escolher o que apagar e, junto disso, irão coisas que não eram para ser jogadas fora”, exemplificou Oliveira.

Já que a importância que damos a cada informação que recebemos diariamente está ligada às falhas na memória, é possível entender a razão de lembrarmos daquilo que dissemos ao nosso cérebro ser relevante e esquecermos aquilo que não demos muita atenção.

De acordo com Oliveira, quando damos importância à alguma informação usamos nossos sentidos para gravá-la em diversas partes do cérebro. É a memória sensorial. Para explicar como ela funciona, o neurologista usa o primeiro encontro como metáfora. “No dia em uma moça vai sair pela primeira com um rapaz, ela se arruma, se maquia e passa perfume, ou seja, manda um monte de dados sensoriais para o cérebro sinalizando a importância daquele momento.” O segredo para não se esquecer, segundo ele, estaria em dar relevância ao que precisa ser lembrado. “Quem estuda, por exemplo, não adianta pegar o caderno na véspera da prova e pensar: ‘isso é chato, isso não é legal’. Mas se a pessoa pega a matéria e, mesmo que não goste dela, dá um tratamento especial, relaciona o que está lendo com algo do seu dia-a-dia, ela está empregando sentidos e passando aquela informação para a memória de longa duração”, aconselhou.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Qual a fórmula da Educação de qualidade?

Imaginem uma sala de aula convencional, como tantas que conhecemos, inclusive aquela em que você estudou ou que estudaram seus pais. O que lhe vem à cabeça? Uma mesa de professor tendo às costas um quadro negro? Fileiras de carteiras? O andamento da aula, com os alunos voltados para o professor, prestando atenção ao que é por ele ensinado? Atividades e tarefas sendo colocadas na lousa para que os alunos trabalhem individualmente e em silêncio?Pois esta é a escola de ontem e que continua sendo aquela que está em uso nos dias de hoje na maioria das cidades do país e em várias partes do mundo. E, creiam, continuará ainda a ser a dura realidade pela qual terão que passar milhões de estudantes. Sua perspectiva continuará sendo retilínea (olhar para a lousa e para a cabeça de seu companheiro instalado a sua frente), individualista, pautada naquilo que o professor (o detentor dos conhecimentos) estiver ensinando e, em grande parte dos casos, repetidora de conteúdos.


Faltam então as inovações tecnológicas? Computadores e Internet seriam a resposta adequada? Precisamos equipar as escolas com modernos “gadgets” (termo usado pelos especialistas em tecnologia para falar sobre os recursos eletrônicos incorporados ao cotidiano), como câmeras digitais, netbooks, redes wireless, scanners e tantos outros instrumentos de alta tecnologia para que surja a escola do futuro? Ou será que nos faltam revolucionários métodos de ensino que estimulem o processo de ensino-aprendizagem, gerando verdadeiro interesse e participação dos estudantes? Neste caso, seriam necessários também materiais didáticos inovadores e o preparo dos professores para seu uso, não é mesmo?

Talvez a resposta esteja na melhoria das relações entre professores e alunos. Quem sabe um aprofundamento em psicologia e relações humanas para os docentes acabe promovendo um intercâmbio, uma ponte bem constituída para a efetivação da educação nas salas de aula brasileiras.

Outra possibilidade pensada por muitos se refere à ideia de que para tudo modificar é preciso melhorar a qualidade do trabalho dos gestores das redes e escolas brasileiras. Se tivermos por parte dos gestores maior foco e cobrança - tanto em relação a eles quanto deles sobre os professores e demais profissionais da escola -, planejamentos e execução meticulosa de projetos educacionais, iremos obter melhores resultados nas salas de aula. Há também os que pensam ser indispensável aumentar a participação dos pais na vida escolar dos filhos, não apenas na questão das notas, mas também conhecendo os professores, participando de eventos etc.

Existem ainda aqueles que acreditam que a escola precisa estar mais atenta às mudanças da clientela que atende, ou seja, de seus alunos. Os estudantes do século XXI têm outro perfil, são mais ligados na informação, mas não sabem transformar todos os dados aos quais têm acesso em conhecimento. Como lidar com isto? E mais: de que forma tornar as escolas palatáveis aos olhos desta geração tão plugada e íntima das tecnologias? Desprezar esta realidade é sacrificar qualquer tentativa de melhorar a qualidade da educação no país.

Outra corrente advoga a ideia da aproximação entre Educação e Cultura para que ocorra um aprendizado lúdico, diferenciado, verdadeiramente estimulante aos olhos dos estudantes e mesmo dos professores. Cinema na escola, teatro, artes plásticas, música, dança e literatura deveriam ser colocados em pauta e transformados em meios e recursos para tornar nossas salas de aula locais em que a aprendizagem realmente acontece.

Não podemos ignorar os esforços que já estão sendo realizados para “mensurar” a educação e permitir que, através das informações coletadas, possamos entender os dilemas de nosso sistema educacional para resolver seus problemas. Há quem acredite que este esforço inicial de compreensão dos problemas educacionais a partir de exames nacionais, estaduais ou municipais das redes, escolas, professores e alunos já é mais de meio caminho andado rumo às soluções.

A formação e atualização dos conhecimentos e práticas educacionais utilizadas pelos educadores é outra forte vertente sempre colocada em pauta quando se discutem soluções educacionais. O assunto envolve ainda discussões sobre salários melhores, reconhecimento do esforço individual e coletivo de redes e escolas, gratificações e bonificações - alguns outros “nós” que estrangulam e impedem uma educação de qualidade. Investimentos em laboratórios e projetos de ciências, bibliotecas e quadras esportivas também são colocados como alternativas importantes. Até mesmo o ensino religioso e as disciplinas que trabalham a filosofia, a sociologia, as relações humanas, a ética, a moral e a cidadania são pensados como projetos importantes. Mas, como podemos realmente efetivar transformações que modifiquem a visão inicialmente apresentada neste artigo e que evidencia uma triste e dura realidade vivida em nossas escolas, com nossos estudantes tendo dificuldades até mesmo para as mais básicas ações, como ler, escrever e fazer cálculos matemáticos? Quem tem razão neste emaranhado de soluções que já estão sendo realizadas de forma isolada em escolas brasileiras? Seria possível apontar um destes caminhos como sendo a chave que irá desencadear a imprescindível revolução pela qual nossa educação precisa passar para alcançar a tão sonhada qualidade?

Tive a preocupação de enumerar toda esta série de ideias porque, na realidade, acredito que a escola de nossos sonhos só irá surgir a partir do momento em que conseguirmos concatenar e realizar todas as ações aqui listadas - além de outras tantas a serem sugeridas. Tenho consciência de que isso só acontecerá após planejamento e intercâmbio de experiências, com o apoio decisivo da sociedade e vontade política para tal, com investimentos e, principalmente, num contexto de confiança, solidariedade e disposição real para que esta transformação ocorra.

Creio que a educação de qualidade é o elemento decisivo para completar a transição de que o Brasil precisa rumo à justiça social, ao desenvolvimento econômico e à superação de suas mazelas e incongruências. A educação de qualidade poderia legar ao país maior qualificação da mão-de-obra, preparação para o exercício pleno da cidadania, a diminuição dos índices de violência, maior preocupação e ações em prol do meio ambiente, redução dos casos de doenças e gastos com saúde, combate sistemático à corrupção, aumento dos índices de produtividade na economia, inserção mais rápida ao mundo tecnológico, entre tantos outros benefícios.

*João Luís de Almeida Machado é editor do Portal Planeta Educação; doutor em Educação pela PUC-SP e autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema".

quarta-feira, 6 de maio de 2009

MEC estuda ampliar carga horário do ensino médio

A intenção é induzir os estados a saírem do atual modelo, dividido em disciplinas, para uma forma mais flexível, mais próxima por área de conhecimento
O Ministério da Educação (MEC) planeja aumentar a carga horária do ensino médio em 25%, passando das atuais 2.400 horas para 3 mil por ano. Dessas 600 horas a mais, 120 poderão ser usadas para disciplinas de livre escolha, desde aulas a mais de matemática ou português até teatro, música, artes ou esportes. A proposta, encaminhada ao Conselho Nacional de Educação (CNE), servirá de subsídio para estados que desejam alterar o atual modelo de ensino médio, considerado ultrapassado pelo Ministério. O MEC não tem o poder de definir a estrutura do ensino médio, atribuição de cada um dos estados. Em nível nacional, essa composição é determinada pelo CNE, um currículo mínimo, e pelas diretrizes nacionais, que mostram o que um estudante precisa saber depois de três anos de estudo.


A intenção é induzir os estados a saírem do atual modelo, dividido em disciplinas, para uma forma mais flexível. Para isso, o Ministério pretende que o CNE aprove as propostas de alterações de diretrizes com as recomendações de mais horas-aula, disciplinas eletivas e uma formulação mais livre, com o currículo organizado em núcleos temáticos. De acordo com o diretor de concepções e orientações curriculares para educação básica do MEC, Carlos Artexes, as disciplinas não necessariamente desaparecerão, mas a ideia é que sejam aproximadas por área de conhecimento. Conforme o presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, Francisco Cordão, a proposta não é substituir um tipo de grade curricular por outro, mas que os professores possam trabalhar em conjunto.


Além das novas diretrizes, o Ministério deve entrar com recursos. Até o final deste ano, a intenção é assinar convênios para projetos-pilotos de novos modelos com os estados interessados. Até agora, o MEC tem recursos para financiar cem escolas com as menores notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), onde serão testados os novos modelos didáticos.


Ensino Infantil - Além do ensino médio, o Ministério da Educação (MEC) pretende redesenhar a educação infantil, para alunos de zero a seis anos, solucionando as deficiências detectadas no ensino nessa fase. Com esse objetivo, o questionário “Indicadores da Qualidade na Educação Infantil” começou a ser distribuído ontem (04), em Curitiba (PR), durante o Fórum da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).


Segundo a secretária nacional da Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, a proposta é para que as avaliações sejam feitas com o máximo possível de participantes da comunidade, tendo como objetivo a melhoria da qualidade da instituição. O resultado da aplicação do questionário permitirá o levantamento de indicadores que serão analisados, aos quais serão atribuídos os conceitos (bom, merecedor de atenção ou grave). Além de avaliar a qualidade das unidades, o instrumento auxiliará na formação dos professores. Ainda serão enviados cerca de 300 mil questionários a escolas infantis, conselhos municipais e secretarias de Educação de todo o País.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Sociedade Brasileira de Pediatria lança campanha pela educação infantil

Depois da licença-maternidade de seis meses, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a senadora Patrícia Saboya e a apresentadora Maria Paula estão de novo juntas em mais uma campanha. Desta vez, contam com o apoio também de Chico Buarque. Será lançado no dia 05 de maio, às 14h, na Fundação Casa de Rui Barbosa (rua São Clemente, nº 134), em Botafogo, no Rio de Janeiro, o movimento "Educação Infantil é cidadania!". O objetivo é expandir a rede de creches e pré-escolas gratuitas, de qualidade e em tempo integral para a população de baixa renda, utilizando os recursos do FGTS e do Fundeb (o fundo da educação básica) e estimulando a sociedade civil a participar. É o que estabelece a proposta elaborada pela SBP e pela senadora, apresentada por ela ao Congresso Nacional (projeto de lei 698/07) e que já tramita no Senado.
A avaliação é que é essencial garantir proteção e estímulo para todas as crianças na fase que vai até os seis anos - decisiva para o crescimento e para o desenvolvimento saudáveis. "É quando o cérebro humano cresce quase que integralmente e sua estrutura se diferencia em funções complexas, que permitem a formação da inteligência, da capacidade de aprendizagem, do perfil da personalidade, do comportamento individual. Deixar de garantir esses cuidados à primeira infância prejudica a criança e reduz os resultados do investimento em educação nas etapas de vida seguintes", comenta o dr. Dioclécio Campos Jr., presidente da SBP, salientando também que hoje a realidade é muito cruel para as mães trabalhadoras com poucos recursos.

O Programa Nacional de Educação Infantil (Pronei) define como as unidades educacionais devem funcionar - garantindo desde a nutrição saudável até atividades educativas para os pais, parentes ou substitutos, despertando-os para os direitos das crianças e para as práticas preventivas que garantem qualidade de vida - e de onde virão os recursos. É que as normas pedagógicas para o funcionamento de creches e pré-escolas já existem, mas faltam meios financeiros para viabilizá-las para a população carente. Terão acesso à verba não apenas os municípios, como também entidades privadas sem fins lucrativos, que poderão obter financiamento para construção de novas unidades (localizadas prioritariamente em comunidade de baixa renda), assim como receita para sua operacionalização. Quem vai coordenar a aplicação é o MEC. "O projeto de lei 698 é mais uma parceria do nosso mandato com a SBP e está atualmente na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Infelizmente, hoje apenas 17% das crianças brasileiras entre zero e três anos têm acesso a creche. A nossa proposta tenta corrigir essa grave lacuna ao oferecer caminhos alternativos de financiamento para a construção e manutenção de instituições de Educação Infantil em todo o País. As crianças precisam não apenas de apoio afetivo, alimentação e cuidados de saúde por parte da família, mas também dos estímulos necessários para que possam desenvolver suas habilidades lógicas, musicais, motoras, emocionais, comunicativas, linguísticas e sociais", ressalta a senadora Patrícia Saboya, coordenadora da Frente Parlamentar pela Criança e pelo Adolescente.
O apoio de Chico Buarque e Maria Paula
"Vocês estão de parabéns pela lei de licença-maternidade, que acompanhei pelos jornais. Não tenho dúvidas quanto à relevância deste novo projeto. Vejo nele a inspiração original de Darcy Ribeiro, quando da implantação dos Cieps, no Rio de Janeiro. Contem com meu nome, minha imagem, minhas canções", disse Chico Buarque, ao presidente da SBP.

"Estou de novo com a Sociedade e com a senadora Patrícia Saboya, porque somos comprometidas com as causas da infância. Amamentação, licença-maternidade de seis meses, e agora creches e pré-escolas com qualidade. Queremos que todas as crianças possam desenvolver seus talentos, em ambiente seguro e acolhedor", salientou Maria Paula, madrinha das campanhas anteriores. "Conquistamos a licença-maternidade ampliada e agora vamos conseguir melhorar a educação infantil. Vou me engajar nas iniciativas que com certeza vão se seguir. A luta é de longo prazo", definiu.
Creches da Santa Marta são convidadas especiais
Crianças, professores e a direção de unidades educacionais da comunidade vizinha à Casa de Rui Barbosa vão participar do evento. "As creches são fundamentais para que as mães possam trabalhar tranqüilas. São também a base, para que depois os alunos possam fazer direito a escola. Senão o potencial da criança se perde", diz Lúcia Müller, diretora da Pequena Obra Nossa Senhora Auxiliadora (Ponsa), que mantém, apenas com donativos e contribuições de associados, uma creche para 120 crianças de 2 a 6 anos e também um reforço escolar para 80 estudantes de escolas públicas de até 14 anos, da Santa Marta. "Hoje a realidade é muito cruel para a população das comunidades. As mães que não conseguem vaga em creches de tempo integral acabam deixando os pequenos com irmãos mais velhos, mas ainda crianças ou adolescentes, ou pagando alguém que não foi treinado para a tarefa de educar (...)", lembra Maria Luiza Pamplona, diretora da Unidade de Atendimento Pré-escolas Anchieta (Unape) e da Casa Santa Marta, creches que atendem 110 crianças de zero a 4 anos, a maioria da Santa Marta. "A creche influi no crescimento e no desenvolvimento cognitivo, social, educativo, psicomotor da criança. Os alunos aprendem inclusive hábitos de higiene adequados, com consciência, e ajudam a melhorar as condições das famílias", alerta Maria Lúcia Lara, pedagoga das creches Unape e Casa Santa Marta há mais de 20 anos.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Para comemorar o Dia, algumas dicas para as futuras mamães

Especialista comenta dúvidas recorrentes sobre como planejar uma gravidez saudável e plena

O planejamento familiar deve ser considerado pelo casal antes da concretização da gravidez. Nesta fase, uma conversa franca entre os futuros pais pode estabelecer as suas expectativas e garantir a segurança emocional e uma gestação tranquila. O casal precisa se preparar, pois além dos 9 meses de gestação, os especialistas também recomendam três meses de acompanhamento prévio, essencial para garantir a saúde da mãe e do bebê. A seguir, o ginecologista e obstetra Guilherme Loureiro Fernandes, Professor responsável pelo setor de Medicina Fetal da Faculdade de Medicina do ABC e Mestre em Obstetrícia pela Escola Paulista de Medicina (EPM) – Unifesp comenta algumas dúvidas sobre o período que compreende a pré-concepção e o pré-natal.

1. Quais são as fases que permitem uma gravidez plena?
Guilherme Loureiro Fernandes – Para que a gravidez ocorra de forma planejada, o primeiro passo é o casal procurar um médico antes da concepção. Nesta fase, os futuros pais se preparam emocionalmente para a chegada do bebê e passam por uma avaliação clínica com a realização de alguns exames laboratoriais, que visam diagnosticar possíveis alterações existentes no organismo materno, que possam aumentar as possibilidades de malformações, abortamentos e antecipação do parto. A segunda fase contempla a gestação, que também necessita de um acompanhamento especializado. Este período é marcado pelo início dos exames pré-natal, essencial para avaliar preventivamente a condição do bebê e detectar problemas na saúde da mãe. Os exames de rotina recomendados a cada trimestre gestacional contemplam análises do sangue, ultra-som, curva glicêmica, entre outros. Quando se inicia a terceira fase, o casal já está com o esperado bebê inserido em sua rotina familiar, e neste momento, as consultas médicas também precisam ser agendadas para o novo membro da família, que deve receber a amamentação exclusiva até o sexto mês de vida.

2. A mulher precisa mudar os hábitos alimentares durante a gravidez?
G. L .F – A adequação nutricional é importante para garantir ao bebê todos os nutrientes essenciais para o seu desenvolvimento, e ainda, garantir uma gestação tranquila, sem a ocorrência de anemias, hemorragias e diabetes gestacional. No entanto, o censo comum de que é necessário “comer por dois”, é equivocado, pois nesta fase é importante que a alimentação tenha mais qualidade do que quantidade. Para uma melhor digestão, recomenda-se a divisão das refeições em seis a oito vezes ao dia, preparadas com ingredientes que são fontes de proteínas, ferro, cálcio e ácido fólico, preferencialmente com um baixo teor de gordura. Alguns alimentos que trazem estes benefícios são a carne vermelha que possui proteínas e ferro, os laticínios em geral que contêm cálcio e os vegetais verdes escuros, cereais, leguminosas e ovos, que são ricos em ácido fólico.

3. Qual o papel das vitaminas prescritas por médicos antes da gravidez?
G. L. F. – Existem diversos estudos científicos que comprovam que a suplementação de vitaminas cerca de 3 meses antes da gravidez, diminui a ocorrência de várias malformações fetais. Desta forma, as vitaminas são prescritas para suprir as atividades fisiológicas que surgem com a gravidez, período em que ocorre um aumento das necessidades nutricionais diária. Para uma maior eficiência o suplemento precisa ter nutrientes como sais minerais, oligoelementos e vitaminas A, B1, B2, B6, B12, C, D, E, niacina, ácido fólico, cálcio, ferro e zinco (composição de NATELE®, da Bayer Schering Pharma), além de ser desenvolvido especialmente para mulheres que pretendem engravidar.

4. As vitaminas também trazem benefícios para a saúde da mulher grávida?
G. L. F. – O estado nutricional é um dos principais determinantes da saúde e do bem-estar da grávida. Além disso, é comprovada a relação entre o estado nutricional materno e o desenvolvimento do feto. A deficiência de micronutrientes (vitaminas e sais minerais) pode ocorrer até mesmo em gestantes saudáveis, que se alimentam adequadamente, sendo a suplementação de vitaminas importante para a redução significativa da incidência de malformações neurológicas, cardíacas, faciais, urinária ou defeitos de membros. Há também evidências que comprovam a diminuição da incidência de abortamentos, pré-eclâmpsia (alta pressão arterial, retenção de líquidos e presença de proteína na urina, com sintomas que podem evoluir para convulsão e coma), diabetes gestacional, trombose e nascimentos prematuros.

5. Mulheres que estão amamentando podem continuar com o uso de vitaminas?
G. L. F. – Sim, os suplementos polivitamínicos desenvolvidos especialmente para mulheres grávidas e em fase de amamentação também são importantes para enriquecer a qualidade do leite materno. Durante a gestação, o feto recebe os nutrientes maternos ainda na placenta e ao nascer, este processo continua, porém a transferência para o bebê ocorre durante a amamentação. Bons índices de vitaminas na lactação, como as do complexo B, auxiliam no desenvolvimento físico e mental da criança, permitindo um crescimento saudável, com funções motoras adequadas e um futuro desempenho escolar satisfatório.

6. As vitaminas engordam a mulher?
G. L. F. - Não há comprovação científica, seja com mulheres em período de pré-concepção, grávidas ou em fase de amamentação, que demonstrem que as vitaminas engordam. Pelo contrário, o consumo de polivitamínicos durante as três fases da gravidez trazem inúmeros benefícios para a mãe e o bebê. Caso a mulher comece a engordar em excesso durante a gravidez, deve consultar o seu médico para constatar causas relacionadas, por exemplo, ao metabolismo, sedentarismo, possíveis alterações hormonais, entre outros fatores.

Saiba mais
A Bayer Schering Pharma disponibiliza na Internet o site http://www.natele.com.br/, que traz informações para as mulheres que estão nas fases de pré-concepção, gestacional ou pós-gestacional. Dicas sobre suplementação alimentar, como escolher o seu médico, sexo durante a gestação e os primeiros cuidados com o bebê, entre outros temas, podem auxiliar as internautas com dúvidas sobre cada um destes períodos, que promovem diversas transformações na vida da mulher.