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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Chat sobre o novo ENEM

Para esclarecer dúvidas de internautas sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o G1 realizará nesta terça-feira (29), às 17h, um chat com Heliton Tavares, diretor de Avaliação Básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC.
O exame será aplicado no próximo sábado (3) e domingo (4) para mais de quatro milhões de pessoas, distribuídas em mais de 10 mil escolas no país.
As notas da prova serão usadas pelas universidades de quatro formas:


- Como fase única

- Como primeira fase

- Combinado com o vestibular da instituição

- Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular

Acesse o link do videochat do novo ENEM hoje (29/09) às 17 horas.
Não perca.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Confira os locais da prova do ENEM 2009

O MEC está informando via sms os locais onde cada aluno deverá fazer sua prova, segundo o governo, a maioria dos inscritos já recebeu o torpedo, entretanto aqueles que por ventura mudaram o número ou não receberam podem acessar a página do INEP e conferir onde farão a prova. O ENEM é realizado hoje em 1560 cidades brasileiras e 70% dos alunos do ensino médio fazem a prova, mas o projeto do MEC é continuar crescendo.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Novo ENEM vai exigir mais raciocínio do que memória


o novo Exame Nacional do Ensino Médio procura aferir, basicamente, a capacidade de raciocínio em questões que combinam as várias áreas do conhecimento e traduzem a vida real

Quatro milhões e meio dos 5 milhões de jovens brasileiros que vão tentar garantir uma vaga na universidade neste ano vivem as angústias típicas de um momento decisivo, e mais uma: eles compõem o primeiro grupo de estudantes que fará o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prova recém-criada pelo Ministério da Educação (MEC) com o objetivo de substituir o velho vestibular. A mudança estreia em 23 das 55 universidades federais do país e em mais 500 faculdades particulares. Outras 500 instituições, entre elas Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), também vão adotar o Enem, mas apenas como parte de seu processo seletivo.
A expectativa do MEC é que, até 2012, todas as federais abandonem seu concurso. Desde 1911, quando surgiu o primeiro vestibular no Brasil, não se via uma transformação tão radical, e ela é um avanço em pelo menos dois aspectos. O primeiro diz respeito ao conteúdo da prova. Enquanto o velho vestibular exige do aluno a memorização de uma quantidade colossal de fórmulas, datas e nomes, o novo exame procura aferir, basicamente, a capacidade de raciocínio em questões que combinam as várias áreas do conhecimento e traduzem a vida real. O outro se refere à implantação do sistema unificado de prova.
O exame será o mesmo em todas as faculdades em que for adotado. Isso significa que, com uma única nota, o aluno terá agora em mãos um passaporte de entrada para centenas de universidades em todo o país. Mais complexa e abrangente do que o extinto Enem, criado pelo MEC em 1998, a nova prova foi concebida sob a inspiração do Scholastic Assessment Test (SAT), o exame de admissão às universidades americanas, e do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), teste internacional que afere a qualidade do ensino. As iniciativas são consideradas as mais evoluídas no mundo das avaliações atualmente.
Para o coordenador do Pisa, Andreas Schleicher, com tanta informação disponível na internet, não faz mais sentido querer medir quanto conhecimento o jovem armazenou na escola, mas, sim, como ele é capaz de processar essas informações para chegar à solução de problemas concretos. Sob esse prisma, tirando algumas boas exceções, o vestibular se tornou uma prova anacrônica, que, com o tempo, foi deixando de espelhar as reais demandas da própria sociedade. O que se espera dos jovens hoje, afinal, é que se tornem profissionais com elevado grau de raciocínio e inventividade para lidar com um crescente número de situações inesperadas. A maioria das escolas de nível médio, inteiramente voltadas para treinar os jovens para o vestibular, acaba valorizando o excesso de “decoreba” e de conteúdo em detrimento de um mergulho mais aprofundado nos assuntos. Espera-se que a prova do MEC influencie positivamente o ensino médio do país. Para a doutora em educação Maria Inês Fini, os alunos absorvem poucos dos conceitos essenciais na escola. “É preciso repensar com urgência esse sistema", diz.
Repaginar um modelo de ensino não é exatamente um processo rápido, mas o Enem já começou a dar um empurrão nas escolas nessa direção. A prova do Enem ocorrerá nos dias 3 e 4 de outubro.
Revista Veja, Gabriele Jimenez, Renata Betti e Renata Moraes – 20/09/2009

Veja também o post Gillette lança Simulado ENEM

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A criança não é um adulto em miniatura


Isso tooooodo mundo sabe. Será que sabe mesmo? Este é um conceito fácil de ser aceito, mas difícil de ser posto em prática. Crianças não chegam com manual de instruções (que pena, não é mesmo?).

Você sabia que a criança:
- Tem o campo de visão mais estreito do que o do adulto e confunde "ver" com "ser visto" (ou seja, a criança cobre seu rosto e acha que ninguém a vê)?
- Não detecta facilmente de onde provêm os sons e se distrai facilmente com eles (parando, inclusive, de mamar para prestar atenção no que a rodeia)?
- Procura sempre satisfazer, antes de tudo, suas necessidades? Atrás de uma bola vem sempre uma criança ... que não dá atenção a mais nada, dominada por impulsos irresistíveis que a fazem esquecer de tudo, especialmente dos riscos.
- Procura imitar sempre os adultos, não importando se são coisas "boas ou ruins", porque se espelha neles (especialmente em seus pais) para aprender como deve agir? E isso vale, não só para as características comportamentais, como também, para questões de seu desenvolvimento físico. Crianças apresentam doenças próprias da infância. Isso deveria ser lógico, mas... temos cada vez mais crianças apresentando doenças de adultos (obesidade, hipertensão, diabetes, problemas de colesterol, triglicérides e outros). Até nesse campo, a criança está "imitando" o adulto.
É importante que os profissionais, que se propõem a cuidar de seus filhos, sejam especializados e habituados a tratar de crianças. E no campo da saúde, o responsável deve ser sempre um Pediatra.
Cada criança é única. E é aí que reside toda a graça e toda a magia da criança. E cada uma delas contém em si um universo próprio, também único. Não há como dissociar cada parte do desenvolvimento de uma criança. Quando está bem, a criança se desenvolve como um todo. Mas quando ela adoece, também adoece como um todo.
O professor Eduardo Marcondes (in memorian), mestre e pediatra em meu curso da Faculdade de Medicina da USP, me ensinou que toda criança que adoece pode apresentar falta de apetite, alteração de humor, febre, vômito diarréia, independente de que doença estejamos falando (reação global inespecífica da criança doente). Com o tempo, pude observar, na minha experiência profissional, que isso acontece não só em suas doenças físicas, mas também nas de fundo emocional.
O homeopata pode ser um especialista de grande valia para acompanhar seu filho neste tumultuado, mas maravilhoso período de sua vida. A homeopatia é uma especialidade médica que busca conhecer e tratar o organismo do indivíduo como um todo, de forma suave, gradual e definitiva, sempre levando em conta as características peculiares de cada um.
Prevenir é melhor que remediar. Pediatria e homeopatia. Esta é uma ótima parceria que ajuda cada criança a crescer e se desenvolver com todo o seu potencial de forma saudável, dentro do seu ritmo próprio, respeitando sua individualidade, sua capacidade e suas limitações.

DR.YECHIEL MOISES CHENCINSKI
Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Dr. Yechiel é especialista em pediatria pela Santa Casa de São Paulo e em homeopatia pelo Centro de Estudos, Pesquisa e Aperfeiçoamento em Homeopatia (CEPAH). Dr. Yechiel também é autor dos livros “Homeopatia mais simples do que parece” (Pólen Editorial, 2007) e "Gerar e Nascer - um canto de amor e aconchego" (Pólen Editorial, 2008).

As pessoas mentem três vezes em 10 minutos


Segundo especialistas, as técnicas de dissimulação são aprendidas pelas crianças desde cedo - e não por meio de colegas, mas com os próprios pais

O professor de psicologia Robert Feldman, da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, filmou a interação entre mais de 50 pares de pessoas que acabavam de se conhecer e constatou que elas mentiam em média três vezes numa conversa de dez minutos. Feldman, uma autoridade mundial sobre o tema e autor do livro recém-lançado no Brasil "Quem É O Mentiroso da Sua Vida? Por Que As Pessoas Mentem e Como Isso Reflete no Nosso Dia a Dia", constata que recorrer a desvios da verdade, além de ser quase uma questão cultural, é um recurso de sobrevivência social inescapável.
"Em geral, mentimos para tornar as interações sociais mais fáceis e agradáveis, dizendo o que os outros querem ouvir, ou para parecermos melhores do que realmente somos", disse. Segundo ele, o problema é que meros desvios dos fatos podem crescer e virar uma bola de neve, gerando relacionamentos baseados no engano. "Devemos ser mais verdadeiros e demandar a honestidade", conclama Feldman. Na maioria das vezes, a realidade é deturpada sem malícia. São as mentiras brancas, que funcionam, nas palavras do especialista, como "lubrificantes sociais". Isso não acontece apenas nas conversas entre estranhos, permeia também os relacionamentos mais íntimos e relações familiares.
A psicóloga carioca Mônica Portella estudou sinais não verbais da comunicação, como movimentos dos olhos e gestos das mãos, para ver se é possível detectar os momentos em que uma pessoa diz inverdades. "A taxa de acerto de um leigo é de 50%", revela. Segundo especialistas, as técnicas de dissimulação são aprendidas pelas crianças desde cedo, e não por meio de colegas, mas com os próprios pais. "O processo educacional inibe a franqueza", aponta a professora de psicologia social da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro,Teresa Creusa Negreiros. Segundo ela, uma menina que ganha uma roupa será vista como mal-educada se disser, de cara, que achou o modelo feio.
O paradoxo é que, embora a sociedade condene a mentira, quem falar a verdade nua e crua o tempo todo será considerado grosseiro e desagradável. "Mentir por educação é diferente de ter um mau caráter", pondera Teresa. Mas, para Feldman, mesmo as mentiras inofensivas devem ser evitadas, com jeitinho. "Nossos filhos não precisam ser rudes e dizer que detestaram um presente, mas podemos ensiná-los a ressaltar algum aspecto positivo dele, em vez de dizer que gostaram", observa. Segundo a psicanalista Ruth Helena Cohen, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além das mentirinhas brancas, há aquelas contadas com dolo: são trapaças e traições para beneficiar quem conta ou prejudicar o outro, como ganhar uma confiança não merecida ou cometer uma fraude financeira. Em casos mais raros, a mania de inventar e alterar os acontecimentos pode revelar uma patologia. É a chamada "mitomania", ou compulsão por mentir, que demanda tratamento psicológico. Uma das razões pelas quais contamos tanta mentira é que raramente nos damos mal por isso. O mentiroso tem duas vantagens: a maioria das conversas está baseada na presunção da verdade e é praticamente impossível identificar uma inverdade no ato.
Revista Istoé, Maíra Magro – 20/09/2009

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Briguentos têm menor capacidade de lidar com frustrações e limites

Eles têm entre 15 e 25 anos e estão por toda a parte. Suas vítimas preferidas são pessoas franzinas e tímidas, sempre desacompanhadas. De onde vem tanta violência? “Os briguentos tendem a cultivar uma imagem idealizada da família, têm menor capacidade para lidar com frustrações e limites, são mais agitados, e geralmente se mostram inconformados com as dificuldades da vida”, diz o professor doutor Luiz Gonzaga Leite, coordenador do departamento de Psicologia do Hospital Santa Paula (SP).
Leite diz que a rebeldia é normal, inclusive na formação da identidade, mas a violência não. “Sem polemizar sobre os fatores sociais malresolvidos, como o comprometimento da educação, da segurança e do emprego no país, acabamos nos voltando para as relações familiares, que ainda são o centro de muitos distúrbios apresentados pelos jovens.”
Pais que não impõem limites desde cedo aos filhos e não demonstram interesse por sua rotina de vida, seja na escola, seja nos relacionamentos pessoais, são apontados como coadjuvantes das ações de violência praticadas pelos jovens.
“Há pais tão voltados para seus próprios problemas que simplesmente perdem o interesse pelos filhos. Essa atitude é uma forma de demonstrar que não se importam com o que fazem ou deixam de fazer. É o estresse e a depressão devassando as relações familiares”, diz o especialista.

Leite aponta 5 medidas que podem ser adotadas para evitar desfechos trágicos:
1. É necessário impor limites às crianças e ensiná-las a respeitar os outros, quem quer que sejam, desde muito cedo; estabelecer limites é um ato de amor;
2. Não se pode abrir mão de conhecer bem a escola do filho, seus amigos, e exigir que a escola adote um posicionamento enérgico em casos de agressão;
3. Os problemas de relacionamento dos filhos merecem muita atenção, por mais que isso exija disposição extra dos pais ao chegar em casa depois de um dia de trabalho estressante;
4. Não se devem fazer todas as vontades dos filhos por “preguiça” de negociar; negligenciar essa responsabilidade é correr riscos de transformar os filhos em psicopatas sociais;
5. Não se deve ceder aos desmandos da criança por culpa. Isso é muito comum entre pais divorciados ou que trabalham muito, por exemplo. Mais vale resolver o problema com terapia do que comprometer a formação do filho.

Prof. Dr. Luiz Gonzaga Leite, coordenador do departamento de Psicologia do Hospital Santa Paula (SP)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Programa do Distrito Federal abre inscrições para pessoas abrigarem crianças

Temporadas em casas de família evitarão que crianças em situação de vulnerabilidade, expostas a situações de insegurança ou sem condições de viver com suas famílias originais tenha que se mudar para um abrigo

Uma alternativa aos abrigos de crianças e adolescentes pode mudar a trajetória de jovens que precisaram se afastar da família biológica. Na tarde de ontem (14), a Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) lançou o programa Família Acolhedora, que encaminhará meninos e meninas para casas de pessoas dispostas a recebê-los. As famílias podem se cadastrar para receber um morador temporário, e o tempo máximo de permanência das crianças é de seis meses , até que a situação delas se resolva. No Distrito Federal, há cerca de 800 crianças e adolescentes vivendo em abrigos e casas-lares. A minoria é de órfãos, pelo menos 80% delas têm pai ou mãe, mas saíram de casa por estar em situação vulnerável. Para uma criança, o risco vem da exploração sexual, agressões em casa, trabalho forçado antes da hora, entre outros. Normalmente, as crianças recolhidas nesses casos seguem para abrigos.
No período em que o projeto estabelece para a acomodação por voluntários, os assistentes sociais tentarão a reintegração com a família biológica ou a fila da adoção. Quando o semestre terminar, os garotos terão um lugar fixo para voltar. As famílias interessadas em participar do projeto poderão abrigar uma criança ou duas, no caso de irmãos. Cada família acolhedora receberá uma bolsa de R$ 415 para custear alimentação, material escolar e outros itens necessários para o abrigado.
O representante da família assinará uma declaração afirmando que não deseja adotar a criança. A intenção do projeto não é funcionar como um teste antes da adoção. Não é preciso ser casado nem ter filhos para se candidatar, mas todos os componentes da família devem estar de acordo com a proposta. Segundo a secretária do Sedest, Eliana Pedrosa, “hoje as crianças são direcionadas a abrigos, mas a situação lá nunca se equivale à de uma família, e essa é uma situação o mais próxima possível do seu próprio lar”, explicou. De acordo com a promotora de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude Fabiana Pinheiro, o modelo de instituição de abrigo para crianças e adolescentes está superado e é preciso pensar em alternativas. “Essas crianças têm o direito de viver em uma família e o abrigamento deve ser uma medida excepcional”, destaca. Para ela, as famílias devem ser bem selecionadas e preparadas para o acolhimento. Fabiana lembrou que, no DF, as crianças ficam abrigadas por uma média de dois a quatro anos.

Grávidas - Não só as crianças e adolescentes terão apoio quando precisarem. Grávidas e mães com problemas econômicos ou emocionais podem participar do projeto Mobilização pela Vida, também lançado ontem (14) pela Sedest. A proposta é ajudar as mulheres e orientar as que não querem o filho a proceder de maneira correta optar pela adoção dentro da lei. O objetivo é evitar o abandono de recém-nascidos em lugares que ofereçam riscos à vida da criança, como paradas de ônibus, córregos e até latas de lixo, entre outros locais onde já foram encontrados bebês largados pelos pais ou somente pela mãe. Nos casos em que a mãe quer ficar com o bebê, mas passa por dificuldades, a criança pode ficar em um abrigo até a mulher se restabelecer. Equipes da Sedest tentarão melhorar as condições de vida da mãe, seja com um curso profissional, uma vaga de trabalho ou ajuda psicológica. A identidade da mulher será preservada e ela pode procurar ajuda em qualquer unidade da secretaria, como nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras).
Correio Brasiliense (DF) – 15/09/2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Novo ENEM vai mudar forma de ensinar e avaliar o conhecimento

O novo conceito do Exame Nacional do ensino médio (Enem), a ser testado nos dias três e quatro de outubro, será o passo decisivo de uma revolução na educação do País. Para os alunos se saírem cada vez melhor nele e terem a oportunidade de ingressar em universidades de qualidade, as escolas já estão repensando o jeito de ensinar, desde a educação infantil.
Em maio foi divulgada a reformulação da prova, criada em 1998. As alterações serão decisivas para boa parte dos cerca de 1,5 milhão de estudantes que ingressarão na universidade no ano que vem. Para isso, as instituições de ensino terão de oferecer aos estudantes a oportunidade de debater um mesmo assunto em várias matérias do currículo escolar, de maneira integrada. Os professores também serão obrigados a se atualizar. Quem não voltar a estudar e valorizar a transmissão de um ensino inteligente, está fadado a ficar para trás. O Enem se tornou um indicador de qualidade tão importante que pais de crianças já escolhem a escola dos filhos usando o ranking como critério.
Para o coordenador de vestibular do Colégio Bandeirantes, em São Paulo, Osmar Ferraz, a preocupação é válida, mas precipitada. Primeiro por não existirem garantias - apesar de ser a hipótese mais provável - de que as escolas campeãs no Enem hoje continuem assim com o passar do tempo. Segundo, porque vale mais optar por uma instituição na qual os valores são semelhantes aos da família da criança. Por fim, deixar a criança numa escola em que ela não consegue acompanhar o ritmo puxado pode ser um massacre, que gera traumas e interfere na boa formação.
Pais que desejam garantir uma educação de qualidade devem ficar atentos se a escola escolhida está adaptada às atuais regras do ensino fundamental. Antes, era obrigatório dos sete aos 14 anos (da 1ª a 8ª série). A nova faixa etária vai dos seis aos 14 anos (do 1° ao 9° ano). Além de um ano a mais de estudo, as diretrizes pedem espaço ao conceito de letramento, que significa ensinar as crianças a ler e escrever compreendendo a essência dos exercícios. Mas nem todos os educadores estão otimistas com as mudanças. Os críticos dizem que estudantes do Sudeste que não alcançarem pontuação para estudar nas faculdades de seus estados terão nota suficiente para cursar as instituições do Norte e Nordeste, tomando o lugar dos candidatos dessas regiões.
A discussão retorna à necessidade de um investimento de impacto no ensino público para que a desigualdade social, ao invés de aumentar, ganhe menores proporções. O programa Ensino Médio Inovador é um caminho. Em três anos, o Ministério da Educação (MEC) espera que o Enem seja o principal processo de seleção de universidades públicas e privadas. Caso a evolução do Enem se concretize, juntamente com as mudanças positivas prometidas para os ensinos fundamental e médio, a esperança é que em dez anos, cálculo dos especialistas, a educação brasileira forme pessoas mais preparadas para a vida - e resulte em uma nação cada vez melhor. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o Enem, no seu formato original, falhou no seu principal propósito, que era acabar com o vestibular tradicional.
As principais universidades não viam o Enem como um instrumento adequado para seus processos seletivos nem os secretários estaduais viam no exame o formato adequado para orientar o currículo do ensino médio. “Daí a mudança foi necessária e recebeu apoio em função de ter sido um formato negociado, tanto com os secretários estaduais quanto com os reitores”, observa. O ministro diz não ter dúvidas que o Enem vai mudar o jeito de as escolas ensinarem. “Ele vai reorientar o ensino médio, fazendo com que diminua o conteúdo e permita o aprofundamento dos temas pertinentes a essa etapa de ensino”, afirma. A secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Paula Dalari, acredita que essas universidades ainda se conscientizarão da importância do exame. "Ele é um instrumento para elevar a qualidade do ensino no País, conclui."
Revista Istoé, Francisco Alves Filho e Suzane G. Frutuoso – 13/09/2009

Veja também o post sobre o Simulado do ENEM lançado pela Gillette

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ANDI lança Guia de Referência sobre Educação

A ANDI - Agência de Notícias dos Direitos da Infância lança "Educação no Brasil - Guia de Referência para a Cobertura Jornalística" que tem como objetivo apoiar o aprimoramento do trabalho das redações sobre a educação brasileira, oferecendo uma rápida compreensão da estrutura de nosso sistema educacional, seus principais atores, as fontes de financiamento e os marcos regulatórios, entre outros aspectos fundamentais do tema. A iniciativa tem o patrocínio da Petrobras e apoio do Unicef.
O Guia é a segunda publicação de uma série produzida pela ANDI. Ele tem a intenção de oferecer referências para a cobertura jornalista aos profissionais de comunicação, estudantes de jornalismo e demais leitores interessados em conhecer melhor o dinâmico processo de construção da notícia que tem como foco a agenda social.
Há anos, o monitoramento que a ANDI realiza sobre a cobertura que os jornais e revistas brasileiros dedicam às temáticas relacionadas à infância e à adolescência tem apontado a educação como tópico que concentra o maior volume de notícias. Com a quantidade de informações disponíveis à população, espera-se que a imprensa avance também em termos qualitativos, contribuindo de forma cada vez mais efetiva no processo de acompanhamento crítico das políticas públicas do setor educacional.
O guia dá um panorama, por exemplo, sobre o papel da educação na superação da pobreza, pois quanto maior a escolaridade do trabalhador, maior sua remuneração e menor o risco de desemprego e, no momento em que a escola se torna efetivamente, um direito universal, ainda resta ao país o desafio de disponibilizar um ensino de qualidade a todos.
A obra também tenta responder a pergunta: O Brasil investe pouco em educação ou gasta mal seus recursos? A resposta para essa questão não é unânime entre especialistas e, nesse caso, não se deve descartar também uma terceira opção: gastamos pouco e mal.
Para ajudar a entender esse cenário, ainda são apresentados nesta publicação alguns dados comparativos entre o Brasil e outros países. Embora tenham uma série de limitações - que devem ser observadas caso a caso -, eles ajudam a ter importantes parâmetros para identificar o perfil do gasto feito em educação no país. Esperamos que com esse guia de referência seja de proveito para todos os profissionais que almejam ampliar e, especialmente, qualificar a pauta da educação nos meios de comunicação brasileiros.

Clique aqui para fazer o download da publicação

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Educação Infantil: publicações sobre ações inovadoras do MEC

Navegar nos muitos sites do Ministério da Educação pode ser uma experiência curiosa, em meio a muito material político é possível também encontrar algumas estatísticas muito importantes para o planejamento da educação e também uma série de materiais sobre ações inovadoras em educação.

Pesquisa avalia os hábitos, comportamento e saúde mental de crianças e adolescentes



Estudo Projeto Atenção Brasil revela que 59% das crianças são nervosas e 6% já mencionaram a intenção tentar o suicídio

Pesquisadores brasileiros, em parceria com as Universidades de Duke (EUA) e La Sapienza (Roma), iniciam este mês uma pesquisa inédita sobre os hábitos, comportamento e saúde mental das crianças e adolescentes brasileiros, o chamado Projeto Atenção Brasil. A proposta dos pesquisadores é coletar informações de aproximadamente 15 mil crianças e jovens de todo o território nacional. De acordo com o coordenador da ação e neurologista infantil, Marco Antônio Arruda, o principal objetivo é identificar os fatores de proteção e de risco para o desenvolvimento e saúde mental das crianças e dos jovens, fato que possibilitará a criação de medidas preventivas e de intervenção eficazes voltadas para esse público.
O estudo será conduzido a partir de informações obtidas dos pais, professores e profissionais voluntários das áreas de saúde e educação. Eles integram a comunidade acadêmica e virtual "Aprender Criança", criada em 2006 e que conta hoje com 2 mil pessoas interessadas em Neurociências e Educação. Além de avaliar a incidência de transtornos neuropsiquiátricos, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), depressão e enxaqueca, a pesquisa estima também o uso do tabaco ou bebida alcoólica pelas mães durante a gestação, hábitos de sono e uso excessivo da mídia eletrônica (televisão, videogame e computador) pelas crianças e jovens. Todos esses aspectos influenciam na formação do feto, e pela primeira vez no Brasil uma pesquisa de âmbito nacional pretende viabilizar medidas de prevenção e intervenção eficazes para essa faixa etária da população. Os estudiosos irão avaliar a habilidade do público infanto-juvenil em enfrentar dificuldades e reprovar.
Para a segunda etapa, os pesquisadores irão se basear no estudo piloto realizado pelo Instituto Glia, empresa especializada na área de Neurociências aplicadas à Educação, em que foram avaliadas 1.994 crianças da rede pública de ensino com idade entre cinco e doze anos. Os resultados obtidos nessa primeira etapa chamaram a atenção dos estudiosos. Isso porque eles mostraram que para os pais, apenas 86% das crianças são felizes, 29% das mães fumaram e 10% ingeriram bebida alcoólica durante a gestação de seus filhos, fatores que interferem diretamente na saúde mental das crianças. Essas primeiras análises também mostraram que sete em cada grupo de dez crianças assistem televisão todos os dias; e uma em cada quatro joga videogame com essa mesma frequência; 54% desobedecem em casa e 28% na escola; enquanto 20% apresentam dificuldade escolar importante.
Outros fatos também revelados pela pesquisa é que para os pais, 59% das crianças são consideradas nervosas; 40% mal humoradas; 28% delas sentem-se sozinhas, remetendo a características de solidão; 23% apresentam dificuldades de relacionamento. E o mais grave: cerca de 6% do público pesquisado já mencionou a intenção de tentar o suicídio.
Diário do Nordeste (CE) -13/09/2009

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Crianças valorizadas pelos pais tornam-se adultos bem resolvidos

Pais que exigem demais dos filhos e aparentam decepção quando eles não atingem o idealizado minam a confiança em desenvolvimento

Carinho e cuidado são o que os pais costumam considerar a base da educação dos filhos pequenos. Acreditam ser o suficiente nos primeiros anos. O que muitos não imaginam é que gentileza e valorização dos acertos fazem toda a diferença para que os filhos se tornem pessoas confiantes. Essa essência da autoestima se forma cedo, até os sete anos. De acordo com a psicóloga Ana Maria Rossi, da International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR), nessa fase, a criança já desenvolveu o próprio ego de acordo com os exemplos dos pais e da sociedade. "É uma construção que depende inteiramente da relação com os adultos importantes para ela", diz. Já quem é massacrado pelo excesso de expectativas dos pais, é humilhado e reprimido em sua espontaneidade, pode ter o futuro comprometido. "Não é uma condição imutável", afirma Ana Maria. "Mas sofrimento e prejuízos sérios nesse período marcam profundamente."
Um estudo da Lund University, na Suécia, publicado no mês passado no "Journal of Psychiatry and Menthal Health Nursing", aponta que a baixa autoestima está associada à rejeição. Cientistas da Universidade McGill, no Canadá, descobriram que pessoas que se sentem desvalorizadas podem apresentar uma diminuição da área do cérebro responsável por armazenar lembranças, como as da infância.
Pais que exigem demais dos filhos e aparentam decepção quando eles não atingem o idealizado minam a confiança em desenvolvimento. A criança, em sua fantasia, acredita que não ser capaz diante do olhar paterno e materno, o que significa não merecer amor. Segundos os especialistas, negligenciar a expressão de sentimentos e reprimir com frases como "cala a boca" ou "isso é assunto de adulto" também são maléficas. Para a professora de psicopatologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo, Cristine Lacet, o diálogo é a chave para a garotada aprender a confiar e a verbalizar sentimentos e opiniões. "Acolher dificuldades durante a conversa, sem criticar, ajuda na segurança, assim como ter os avanços reconhecidos também é fundamental", diz a psicóloga. De acordo com ela, é assim que eles percebem que estão indo bem ao vencer barreiras como timidez ou medo de não entender o que a professora explica em sala de aula. Para o terapeuta de família Moisés Groisman, a baixa autoestima não é um traço de personalidade e, sim, o reflexo de desajustes em casa. "A autoestima fraca não é o primeiro sintoma das crianças que aparecem no consultório", diz. "Elas chegam, geralmente, com problemas de aprendizado.
Depois, descubro que não são valorizadas na família, que há dificuldade de relacionamento entre os pais”, afirma. Saber que o erro faz parte das possibilidades, sem deixar se intimidar, é uma característica de quem tem autoestima.
Revista Istoé – 06/09/2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Inclusão escolar de crianças com deficiência ainda é um desafio

Forma de inserir crianças com deficiência gera divergências entre pais, educadores e especialistas, e os professores se dizem despreparados para a inclusão

Sofrendo todo tipo de preconceito para estudar e às vezes negligência ou abandono por parte das escolas, as crianças com deficiência querem continuar os estudos e lutam com suas famílias para isso. Elas têm o apoio da legislação, que prevê a educação para todos, com respeito e acolhimento das diversidades, mas a realidade do sistema educacional brasileiro, na prática, está muito distante do que determina a lei. Há mais de 300 mil crianças com alguma deficiência matriculadas em colégios regulares e outras 342 mil em escolas especiais. O desafio a ser enfrentado pela sociedade é como unir esses universos, garantindo que alunos sejam efetivamente incluídos e atendidos em suas especificidades. Incluir, nesse contexto, é bem mais do que colocar na sala de aula. Todos concordam com a inclusão, mas discordam sobre como fazê-la.
De um lado, liderados pelas escolas especiais e pelas redes como Apae, estão os defensores de uma inclusão gradual, dentro de um processo, feita com acompanhamento especial. De outro, organizações não-governamentais ligadas ao tema defendem a inclusão obrigatória e a diminuição da rede especial. Para elas, só com a entrada em massa das crianças e jovens na rede regular é que o sistema se adaptará e passará a acolhê-los. Seja como for, além da falta de infraestrutura, de metodologia, de materiais didáticos e de professores de apoio, o desafio maior é o preconceito.
Pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (USP), sob encomenda do Ministério da Educação (MEC), com 18.599 estudantes, pais e mães, professores e funcionários da rede pública do País, mostrou que 96,5% deles têm preconceito e querem manter distância de pessoas com deficiência. Levantamento do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), encomendado pela Fundação Victor Civita, apontou que 96% dos professores se dizem despreparados para a inclusão e 87% deles nunca receberam treinamento. O debate é complexo e delicado, envolve governos, famílias, equipe escolar e organizações da sociedade civil. Evidencia também todas as falhas da própria escola com todos seus alunos: excesso de estudantes em sala de aula, falta de acompanhamento individual, professores despreparados e episódios de violência. O resultado final é a falta de aprendizagem.
Para quem participa do debate, o despreparo não pode impedir o processo, que deve ser a inclusão total no colégio. Segundo a presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, Claudia Grabois, a escola só estará preparada quando os alunos estiverem lá. “Sei que é difícil, mas precisamos insistir ou nunca teremos uma escola para todos", diz. Para a representante da Apae de São Paulo, Liliane Garcez, se trata de um movimento em curso. "É um processo social, que já avançou na legislação e está progredindo nas escolas", afirma. O resultado que todos esperam, como resume Liliane, é uma escola que dê conta da diversidade humana, capaz de ensinar a partir das diferenças. "É a escola que queremos para todos”, ressalta.

Terapia - Mais de 200 crianças com deficiência matriculadas regularmente nas escolas municipais de Roraima serão atendidas pelas sessões de cinoterapia (terapia com cães). O projeto implantado pela Prefeitura de Boa Vista utilizará cães para ajudar no desenvolvimento de aprendizagem das crianças com deficiência, estimulando a socialização e ajudando a desenvolver a saúde emocional. Durante cada sessão, os alunos realizarão atividades simples, como tocar, brincar, passear, escovar, alimentar e abraçar o animal. A intenção é desenvolver a sensibilidade, o lado psicológico e a motricidade do aluno. Também serão utilizadas brincadeiras como bambolê e jogos com bolas. Um terapeuta acompanhará as atividades, anotando a execução feita pela criança.
Ao final de um período, o profissional poderá verificar a evolução do paciente e passar exercícios direcionados. A cinoterapia é uma atividade que está associada às outras terapias existentes no Centro, como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, pedagogia e psicopedagogia. Os cães ajudam as crianças a superar problemas emocionais, melhorando a qualidade de vida e estimulando de várias formas a inclusão social. Para a terapia serão utilizados quatro cães das raças bulldog, chow-chow e um casal de shih-tzu. O cão de terapia é um animal dócil, socializado, ou seja, convive com pessoas e animais estranhos e é receptivo a carinhos e afagos.
O Estado de São Paulo (SP), Simone Iwasso – 06/09/2009; Folha de Boa Vista (RR) – 08/09/2009

Oficina de arte em vidro gratuita com Debora Muszkat

O Projeto Fusão, da artista plástica Debora Muszkat, fica durante todo o ano no Centro da Cultura Judaica,
em workshops semanais onde o público aprende, de forma lúdica, as técnicas da arte vidreira como corte, colagem, pintura, modelagem do cristal e fusão do vidro.

O projeto Fusão propõe um novo olhar para os nossos resíduos industriais, ambientais e naturais, com foco nas embalagens de vidro descartadas, mas vai além. Com o encontro do belo naquilo que parecia lixo, a artista Debora Muszkat quer despertar uma discussão sobre a capacidade das pessoas de se relacionarem,
interagirem e buscarem nas diferenças a construção de um novo modelo social.

Especializada em arte vidreira na Inglaterra, Debora Muszkat trabalha com diversas linguagens artísticas, entre elas desenho, pintura e vídeos. Fundou o projeto Oficina de Vidro com a Secretaria de Estado da Cultura e desde 1986 expõe seus trabalhos no Brasil e no exterior.

O workshop tem entrada franca, mas quem quiser contribuir com o Departamento Sócio-Cultural do Centro da Cultura Judaica pode trocar o ingresso por um quilo de alimento não perecível a ser doado ao projeto Ajuda Alimentando mantido pela instituição.
Serviço
Local: Entrada do Centro da Cultura Judaica
Oficina de vidro com Debora Muszkat

Datas em 2009
Setembro: 6 e 17
Outubro – 6 e 17
Novembro – 10 e 21
Horários: das 15h às 17h
Local: 5º andar. Duração: 2h30.
Idade: a partir de 10 anos.
Vagas limitadas
Entrada: 1 quilo de alimento não perecível a ser doado ao projeto Ajuda Alimentando.
Ingressos limitados. Retirar com 1 hora de antecedência.
Sujeito à lotação do espaço.
Centro da Cultura Judaica
Rua Oscar Freire, 2500 telefone: 3065-4333 http://www.culturajudaica.org.br/

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Palhaços brasileiros e franceses juntos na Enfermaria do Riso

No Ano da França no Brasil, o programa Enfermaria do Riso recebe o aclamado projeto francês Le Rire Médecin, que reúne palhaços que atuam em hospitais franceses há 18 anos. A coordenadora do grupo, Caroline Simonds, dará um workshop para os alunos da Enfermaria do Riso e uma palestra aberta à comunidade. O Enfermaria do Riso tem como ação principal a atuação artística dos estudantes da Escola de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) como palhaços em hospitais e enfermarias. A oficina será realizada de 7 a 10 de setembro, na Escola de Teatro da UNIRIO.
“Será uma grande oportunidade para a troca. O Enfermaria do Riso terá bastante a aprender com o Le Rire Médécin, que, por sua vez, verá de perto a atuação dos palhaços brasileiros em hospitais. São parcerias como essa que dão ainda mais valor ao Ano da França no Brasil”, comemorou o diretor de Relações Internacionais do Ministério da Cultura, Marcelo Dantas.
Além da oficina, será realizada uma conferência aberta ao público no dia 10 de setembro, a partir das 10h30, no hotel Sofitel Rio de Janeiro Copacabana. O programa Enfermaria do Riso é convidado de honra juntamente com o Le Rire Médecin e o projeto Doutores da Alegria, fundado e dirigido pelo ator Wellington Nogueira. Na abertura, será apresentada uma exposição fotográfica dos projetos no hall do hospital. O evento também conta com a participação de representantes da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras), do Hospital das Clínicas de Niterói e da multinacional farmacêutica LFB Brasil.
A agenda do encontro também inclui um ciclo de visitas às unidades de saúde parceiras da Enfermaria do Riso: o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), o Instituto Fernandes Figueira (IFF), da Fiocruz, e o Hospital da Lagoa.
O programa Enfermaria do Riso foi criado em 1998, com concepção e coordenação de Ana Achcar, professora doutora da Escola de Teatro da UNIRIO e diretora de extensão. “Eu me sinto premiada ao ver a Enfermaria do Riso ser avaliada por um programa parceiro, com a envergadura e a competência do Le Rire Médecin. É emocionante, porque eles participaram da nossa construção e do nosso crescimento”, comentou Ana.

Serviço:
Oficina
De 7 a 10 de setembro
Escola de Teatro da UNIRIO

Conferência
10 de setembro, às 10h30
Sofitel Rio de Janeiro Copacabana

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Câmara aprova limite de alunos em sala de aula

O texto altera a Lei de Diretrizes e Bases, que não estabelece limite de alunos. Para creches e pré-escola, os novos parâmetros variam por faixa etária A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou ontem (02) proposta que limita o número de alunos por professor nas salas do ensino infantil, básico e fundamental. O projeto estabelece que turmas do ensino médio e dos quatro anos finais do ensino fundamental não ultrapassem os 35 alunos. Já turmas dos primeiros cinco anos do fundamental serão limitadas a 25 estudantes. Aprovada em caráter terminativo na comissão, a proposta vai agora para o Senado. O texto altera a Lei de Diretrizes e Bases, que atualmente não especifica o número exato de alunos por turma.
Cada rede de ensino organiza as salas conforme a demanda. Para creches e pré-escola, os novos parâmetros variam por faixa etária: cinco crianças de até um ano por professor; oito de um a dois anos; 13 de dois a três anos; e 15 de três a quatro anos. Para crianças de quatro a cinco anos, o limite é de 25 alunos por adulto.
As mudanças valeriam para o ensino público e o privado. A proposta foi redigida na Comissão de Educação da Câmara pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP), com base em projetos de Jorginho Maluly (DEMSP) e Leonardo Quintão (PMDBMG). Eles dizem que a limitação de alunos por professor acabaria com a superlotação e garantiria mais qualidade de ensino. O MEC não comentou a proposta. Nos bastidores, especialistas da pasta dizem que ela é inconstitucional, por gerar novas despesas sem apontar fonte de custeio para a contratação de mais professores, entre outras medidas necessárias. Após a aprovação da lei, as escolas terão prazo de três anos para se adaptar às novas medidas.
200 Dias - O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou ontem (02) parecer que determina que as escolas cumpram a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que estabelece 200 dias letivos por ano. A discussão sobre a necessidade ou não de cumprir a legislação se deu pelo adiamento da volta às aulas no início de agosto por causa da gripe suína. A decisão do CNE se sobrepõe às dos Conselhos Estaduais de Educação - o de São Paulo, por exemplo, havia divulgado que os colégios poderiam cumprir 800 horas por ano, caso não conseguissem dar os 200 dias.
O Globo (RJ), O Popular (GO), O Estado do Paraná (PR), Zero Hora (RS), Jornal de Brasília (DF) – 03/09/2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Projeto de leitura leva escola a alcançar melhor índice no ES

Professora incentiva alunos a levarem livros para casa e os pais se tornam aliados à leitura. Em sala de aula, as crianças trocam experiências, contam como foi a leitura e o que acharam do livro

Na escola Leonel de Moura Brizola, em Vila Velha (ES), cerca de 360 alunos do 1º ao 5º ano participam de projetos de leitura e levam para suas casas, quase todos os dias, livros de literatura infantil. A escola possui o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do município, e o quarto melhor do estado. Um dos projetos, "A Magia da Poesia" é desenvolvido pela professora do 5º ano, Paula da Silva Lopes. Além de levar os alunos para a biblioteca pelo menos uma vez por semana, para contar histórias e ler livros de poesias, ela incentiva que eles levem os livros para casa, e com os pais, façam leituras dinâmicas. Segundo ela, quando os alunos chegam na sala de aula, trocam as experiências, contam como foi a leitura e o que acharam do livro. “Os alunos se mostram cada vez mais interessados pela leitura e, com isso, os índices de avaliação da escola sobem”, afirma a professora. Para ela a formação vai melhorando ao longo dos anos. “E a gente sente que eles estão pegando o gosto pela leitura", observa.
Desafio - No seminário sobre o novo ensino fundamental realizado ontem, em Vila Velha, o técnico em Assuntos Educacionais do MEC, Paulo Alves da Silva, entregou aos representantes municipais um documento que orienta passo a passo o processo de implantação do ensino fundamental de nove anos. O maior desafio para implantação do currículo para crianças de seis a oito anos de idade é o estudo da infância, segundo Silva. "Pensar um currículo para essas crianças e reestruturar o currículo do ensino fundamental é um desafio grande que demanda estudo e gera tensão dentro das escolas, dentre a equipe de gestores e da secretaria de educação", afirma. Cada município está definindo como preparar os professores: alguns criam cursos de formação específica, outras produzem seu próprio material de formação dos profissionais.
A Gazeta (ES) – 02/09/2009

Palmada, não

Em 24 países, existem leis contra o tapa nas nádegas. No Brasil, bater em nome da disciplina divide opiniões

Dar ou não palmadas em crianças como forma de puni-las e mostrar o certo e o errado gera controvérsia nos pais. Prova disso é um referendo nacional que ocorreu há duas semanas, na Nova Zelândia. Há dois anos, o país tornou a palmada crime. Além do tapa nas nádegas, outras formas de agressão - ditas brandas - contra crianças e adolescentes, como beliscões e puxões de orelha, passaram a render ao agressor (em quase 90% dos casos, pais ou mães) o pagamento de multas, encaminhamento a programas de reabilitação e até mesmo à prisão. Leis contra a palmada existem em 24 países, mas a da Nova Zelândia é a mais severa. No Brasil, o assunto também divide opiniões. O designer gráfico Flávio Evangelista, 39 anos, e sua mulher, a administradora Keila, 32, são contra qualquer tipo de agressão física. O casal é pai de Pietro, de dois anos, e é conhecido na escola do menino pela facilidade de diálogo. "É ilusão achar que quem dá palmadas hoje não vai bater mais forte amanhã", diz o psicólogo Cristiano Longo, autor de uma tese de doutorado sobre violência doméstica contra crianças e adolescentes pela Universidade de São Paulo (USP).
Pesquisas têm demonstrado também que esse tipo de comportamento, além de não surtir efeitos disciplinares práticos, contribui para o distanciamento familiar, o medo, a insegurança e a baixa autoestima das crianças. A educadora Cris Poli, a supernanny, do SBT, ensina às famílias o artifício do "cantinho da disciplina". Em momentos de birra, de dificuldade de diálogo e de nervosismo extremo, a saída é levar a criança para um local específico da casa para que ela reflita sobre o que fez de errado. Essa importante mudança de comportamento do brasileiro começou no início da década de 1990, com a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que protege crianças e adolescentes dos maus-tratos e agressões. A lei é ampla, mas as palmadas podem ser enquadradas nela.
A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) propôs, em 2003, um projeto de lei específico sobre o tema, proibindo as diferentes formas de castigo físico. "Nossa intenção não é punir os pais, é educá-los", diz ela.
Revista Istoé, Claudia Jordão - 30/08/2009