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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Apenas 6,9% dos alunos da universidades particulares têm bolsa de estudos

Apenas 6,9% dos alunos de universidades e faculdades privadas são beneficiados por algum programa de financiamento reembolsável, segundo indicou estudo do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo) divulgado nesta quarta-feira (3). Nos anos anteriores, a porcentagem de alunos com bolsas era maior: de 7,4% em 2006, e de 8,1% em 2005.
O levantamento, que considerou os dados do Censo da Educação Superior do MEC (Ministério da Educação e Cultura) de 2007, mostra que 250 mil alunos têm o benefício, sendo que, para 20%, a bolsa é oferecida pela própria instituição em que estudam.Sem faculdadePara o presidente do Semesp, professor Hermes Figueiredo, a falta de linhas de financiamento é um dos principais motivos para que o Ensino Superior brasileiro não consiga incluir um número significativo de jovens em idade de cursar uma faculdade.
"Mesmo o ProUni (Programa Universidade para Todos) deixa muito a desejar. Apenas 206,2 mil estudantes foram beneficiados pelo programa em 2007, muito abaixo da quantidade de vagas disponíveis", afirma.No País, apenas 12% dos jovens de 18 a 24 anos cursam o Ensino Superior, deixando mais de 17 milhões fora das universidades. "Nossos índices ainda são baixos. Perdemos para Bolívia, Colômbia e Argentina, que ultrapassam os 30% dos jovens na faculdade. A meta do MEC é incluir 30% dos jovens nesta faixa etária no Ensino Superior. Para alcançarmos essa marca, precisaríamos ter mais 2 milhões de alunos matriculados", considera.
Entre os tipos de financiamento mais utilizados, está o Fies, com participação de 67,6%, oferecido pelas próprias instituições de ensino, representando 20,1%, pelo governo estadual (5,2%), municipal (1,6%) e outros (5,5%).Figueiredo ressalta que, além de ajudar no desenvolvimento econômico do País, o financiamento estudantil proporciona melhores oportunidades na formação profissional e acesso social aos jovens de baixa renda. Ele lembra que "40% dos estudantes hoje possuem renda familiar inferior a cinco salários mínimos e estão limitados a mensalidades entre R$ 250 e R$ 450".

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