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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Que tal fazer uma horta na escola?

A horta escolar é um instrumento pedagógico multidisciplinar que vai ajudar as crianças em várias matérias, mas o principal é que eles vão aprender a se alimentar melhor
Com o objetivo de ressaltar a importância da alimentação saudável e a educação ambiental, foi realizado, ontem (20), o II Encontro do Projeto A Horta Escolar como Tecnologia Social.
Durante o evento os alunos da Escola da cidade satélite do Gama viram que plantadas de maneira educativa, com formatos geométricos, os produtos vão além do que simples fontes de proteínas. O projeto, que conta com as parcerias da Secretaria de Educação do Distrito Federal e do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da Universidade de Brasília (UnB), é voltado para o desenvolvimento econômico e social das comunidades escolar e local.
Além de gerar renda para as famílias carentes, o projeto propicia mudanças nos hábitos alimentares, no sentido de incentivar a troca das gorduras saturadas por verduras e legumes. “A horta escolar é um instrumento pedagógico multidisciplinar que vai ajudar as crianças em várias matérias, mas o principal, eles vão aprender a se alimentar melhor", afirma a diretora da escola Cássia Maria Marques.
Na inauguração das hortas serão entregues na escola e às famílias kits de práticas agrícolas que contêm desde arames a enxadas, o que vai facilitar a obtenção da horta orgânica familiar. Mas só receberá os kits quem participar de mais de cinco encontros, que ocorrem todos os sábados na própria escola. A comunidade recebe instrução de como usar as ferramentas do kit e informações sobre meio ambiente, nutrição, horta e economia solidária. Até o final do ano serão inauguradas hortas no Paranoá e Planaltina; dez famílias de cada região vão receber kits para colocar o projeto em prática na própria residência.
Segundo o secretário Nacional de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Joe Valle, o projeto tem como principal objetivo formar multiplicadores. "São laboratórios vivos onde as crianças aprendem com a ajuda das plantas, assuntos relacionados à Matemática, Biologia, Física e Química", afirma o secretário. O propósito do projeto é também formar o corpo docente. "Capacitar os professores e as equipes envolvidas, no sentido de expandir conhecimentos, é importantíssimo para a educação ambiental e o alimento seguro", acrescentou Valle. A estudante da 4ª série de dez anos, diz que só aprendeu o que era perímetro e área depois de ter desenhado figuras geométricas na areia. O coordenador do projeto, Igor Santana, do CDT, acredita que ações desse nível formam crianças mais conscientes. "O mundo em que vivemos é reflexo do passado. Vamos formar as crianças do amanhã", ressalta Igor.
[Jornal de Brasília (DF) - 21/08/2009]

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