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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Publicidade não deve mais ser dirigida às crianças

Indústrias e anunciantes fecham acordo e deixam de fazer publicidade diretamente para crianças e pré-adolescentes. Os pais passam a ser o público-alvo

A partir de ontem (25) aumentam as restrições à publicidade brasileira dirigida ao público infanto-juvenil. A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), em parceria com a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), anuncia uma espécie de código de conduta com o apoio de 24 companhias, nacionais e estrangeiras. O centro do acordo, cuja adesão foi voluntária, é que as empresas deixarão de fazer publicidade diretamente para crianças e pré-adolescentes, e os pais passarão a ser o público-alvo. A decisão de compra ficará mais nas mãos dos pais, apesar do conhecido poder de convencimento dos pequenos consumidores.
A Abia usou uma série de estudos científicos para convencer os associados à entidade e a ABA da importância de criar restrições na hora de tentar vender alimentos e bebidas para as crianças. Além de vetar a comunicação feita diretamente às crianças e pré-adolescentes, o anúncio de hoje regulamenta uma outra prática que já vinha sendo adotada pelas multinacionais. Quando uma empresa fizer anúncio sobre alimentos para o público infantil, terá de destacar características nutricionais do produto.
No Brasil, o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) começou a criar regras para a publicidade infantil em 1978. Em 2006, o Conar ficou mais rígido. Desde então, a publicidade não pode estimular crianças e jovens ao consumo excessivo de alimentos e bebidas nem menosprezar a alimentação saudável.
Hoje, o alvo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são as propagandas de produtos com açúcar, gordura e sódio. Aderiram à inicitiva: AmBev, Batavo, Bob's, Burger King, Cadbury, Coca Cola Brasil, Danone, Elegê, Ferrero do Brasil, Garoto, General Mills, Grupo Bimbo, Grupo Schincariol, Kellog's, Kraft Foods, Mars Brasil, McDonald's, Nestlé Brasil, Parmalat, Pepsico Alimentos, Pepsico Bebidas, Perdigão, Sadia e Unilever


A crítica (MA), Paula Pacheco da Agência Estado; O Estado de São Paulo (SP)

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